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| AKATHISTOS HINO LITÚRGICO BIZANTINO À MÃE DE DEUS | 
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| PARTE NARRATIVA Episódios evangélicos | 
| 1 | O 
        mais sublime dos anjos foi enviado dos céus para dizer «Ave» à Mãe de Deus. Vendo-te, Senhor, feito homem à sua angélica saudação, deteve-se extasiado diante da Virgem, aclamando-a assim: | 
| Ave, 
          por ti a alegria resplandece;  Ave, levantas o Adão decaído;  Ave, mistério que excede - a mente humana;  Ave, em ti foi erguido - o trono do Rei;  Ave, ó estrela que o sol anuncia;  Ave, por ti a criação se renova; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 2 | Sabendo 
          Maria de ser a Deus consagrada, | 
| Aleluia! | 
| 3 
         | Deseiava 
        a Virgem entender o mistério, e ao divino mensageiro pergunta: «Poderá uma virgem dar à luz um menino?  Dize-me!». Com reverência, o anjo respondia, cantando assim: | 
| Ave, 
          tu guia ao supremo Conselho;  Ave, primeiro prodígio de Cristo;  Ave, escada celeste - por quem veio o Eterno;  Ave, prodígio cantado - por coros celestes;  Ave, inefável, a Luz acendeste;  Ave, ciência que aos sábios transcende; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 4 
 | A 
        virtude do Altíssimo a cobriu com sua sombra e tornou Mãe a Virgem sem núpcias: o seio por Deus fecundado tornou-se campo abundante para todos aqueles que buscam a salvação e assim aclaman: | 
| Aleluia! | 
| 5 | Tendo 
        em seu seio o Senhor, solícita Maria visitava sua prima Isabel. O menino no ventre materno, ouvindo a saudação, exultou, e, saltando de alegria, à Mãe de Deus aclamava: | 
| Ave, 
          sarmento do santo rebento;  Ave, cultivas o teu Criador;  Ave, ó campo que brota - riquíssimas graças;  Ave, tu que germinas - um prado ameno;  Ave, incenso de todas as súplicas;  Ave, clemência de Deus para o homen; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 6 
 | Com 
        o coração tumultuando e cheio de dúvidas, o prudente José se debatia. Sabe que és Virgem intacta e suspeita secretos esponsais. Conhecendo-te Mãe pela ação do Espírito Santo, exclama: | 
| Aleluia! | 
| 7 | Os 
        pastores ouviram os coros dos anjos que cantavam ao Senhor feito homem. Correndo, vão ver o Pastor. Contemplam o Cordeiro inocente alimentando-se do seio materno e à Virgem entoam um canto: | 
| Ave, 
          ó Mãe do Cordeiro-Pastor;  Ave, defesa das feras malignas;  Ave, por ti o céu - exulta com a terra;  Ave, tu és dos apóstolos - a voz perene;  Ave, sustento possante da fé;  Ave, por ti é despojado o inferno; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 8 
 | Observando 
        a estrela que a Deus os guiava, os magos seguiram seu fulgor. Era lâmpada segura em seu caminho, que os conduziu ao Rei poderoso. Chegados ao Deus inatingível, o aclamam felizes: | 
| Aleluia! | 
| 9 | Contemplaram 
        os magos, no colo materno, Aquele que plasmou o homen em suas mãos. Compreenderam ser ele o seu Senhor, escondido sob o aspecto de servo. Solícitos, oferecem-lhe seus dons e à Mãe aclamam: | 
| Ave, 
          ó Mãe do Sol sem ocaso;  Ave, tu apagas a forja dos erros;  Ave, o odioso tirano - arrancas do trono;  Ave, és tu que nos tiras - dos ritos cruéis;  Ave, destróis o culto do fogo;  Ave, tu guia da ciência aos crentes; Ave, Virgem e Esposa! | 
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 | Mensageiros 
        de Deus tornaram-se os magos de volta para suas terras. Cumpriu-se o antigo oráculo quando a todos falavam de Cristo, sem pensar no estulto Herodes, incapaz de cantar: | 
| Aleluia! | 
| 11 | Egito 
        tu iluminas com o resplendor da verdade, afugentando as trevas do erro. À tua passagem os ídolos caíam não podendo te suportar, Senhor. E os homens, libertados do engano, à Virgem aclamam: | 
| Ave, 
          levantas o gênero humano;  Ave, esmagas o erro e a mentira;  Ave, ó mar que engoles - o grão Faraó;  Ave, coluna de fogo - que guia nas trevas;  Ave, nos deste o maná celestial;  Ave, ó terra por Dens prometida;  Ave, Virgem e Esposa! | 
| 12 
 | Simeão, 
        o velho, já no fim dos seus dias, estava para deixar a sombra deste mundo. A ele foste apresentado como Menino, mas, vendo-te qual Deus poderoso, admirou o arcano desígnio e exclamava: | 
| Aleluia! | 
| PARTE 
          DOGMÁTICA Os mistérios da fé | 
| 13 | Renovou 
        o Excelso as leis deste mundo quando veio habitar entre nós. Germinado no seio de uma Virgem, conserva-o intacto como sempre o fora. Nós, admirados por este prodígio, à Virgem santa cantamos: | 
| Ave, 
          ó flor de vida ilibada;  Ave, tu mostras a vida futura;  Ave, pomar aprazível - que nutre os crentes;  Ave, no seio levaste - Quem guia os errantes;  Ave, suplicas ao justo Juiz;  Ave, tu veste os despidos da graça; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 14 
 | Contemplando 
        o parto milagroso, e afastados do mundo, dirigimos a mente para o céu. O Altíssimo apareceu entre nós no humilde aspecto humano de um pobre e eleva ao mais alto da glória aqueles que cantam: | 
| Aleluia! | 
| 15 | A 
        Palavra de Deus infinito habitava na terra e enchia os céus. Sua descida amorosa até o homem não fez mudar sua suprema morada. Era o divino parto da Virgem que ele ouvia cantar: | 
| Ave, 
          morada do Deus infinito;  Ave, mensagem que inquieta os ímpios;  Ave, tu coche de Deus - que os anjos transportam;  Ave, só tu que converges - duas coisas opostas;  Ave, por ti foi remida a culpa;  Ave, tu chave do reino de Cristo; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 16 
 | Toda 
        a multidão dos anjos, admirada, contempla o mistério de Deus encarnado. Ao SenFor inacessível, feito homem, admira-o, acessível, caminhar pelas sendas humanas, ouvindo cantar: | 
| Aleluia! | 
| 17 | Os 
        eloquentes oradores, como peixes emudecem diante de ti, santa Mãe do Verbo. Não compreendem como foi possível permanecer Virgem depois de ser Mãe. Nós, teus devotos, o prodígio admiramos e com fé proclamamos: | 
| Ave, 
          sacrário da arcana sapiência;  Ave, por ti se confundem os sábios;  Ave, por ti se confundem - os grandes doutores;  Ave, desfazes enrêdos - de grandes sofistas;  Ave, nos livras da grande ignorância;  Ave, tu barca pra quem quer salvar-se; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 18 
 | Para 
        salvar o mundo, o Criador de todas as coisas quis vir a ele. Sendo Deus, tornou-se nosso Pastor e apareceu entre nós como Cordeiro. Sendo homem, atrai a si os homens e como Deus ouve cantar: | 
| Aleluia! | 
| 19 | Ó 
        Virgem, Mãe de Cristo, vindo morar em teu seio, o divino Criador te fez o baluarte das virgens e de quantos a ti recorrem. Ele nos convida a cantar em tua honra, ó Ilibada: | 
| Ave, 
          coluna de santa pureza;  Ave, início de nova linhagem;  Ave, tu deste a vida - aos nascidos na culpa;  Ave, ó tu que aniquilas - o grão sedutor;  Ave, regaço de núpcias divinas;  Ave, das virgens tu és Mãe e Mestra; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 20 | É 
        sempre inferior o canto que presuma engrandecer as tuas inúmeras virtudes. Tantos como é a areia da praia podem ser os nossos hinos, ó Rei Santo, porém, nunca alcançariam as graças que destes a quem canta: | 
| Aleluia! | 
| 21 | Como 
        tocha luminosa a iluminar os que jazem nas trevas, resplandece a Virgem Maria. Foi ela que acendeu a Luz eterna. Seu fulgor ilumina as mentes e é guia à sabedoria divina, inspirando este canto: | 
| Ave, 
          ó raio do Sol verdadeiro;  Ave, clarão que ilumina as mentes;  Ave, vieram de ti - os radiosos mistérios;  Ave, a imagem és tu - da antiga piscina;  Ave, ó fonte que lava as almas;  Ave, fragrância do óleo de Cristo; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 22 
 | Querendo 
        nos perdoar o primeiro pecado, Aquele que paga as dívidas de todos busca asilo no meio dos seus prófugos, exilando-se livremente do céu. Rasgando o antigo rescrito, ouve cantar: | 
| Aleluia! | 
| 23 | Glorificando 
        o teu parto, todo o universo te louva qual tebernáculo vivente, ó Senhora. Colocando sua morada no teu seio Aquele que segura tudo em sua mão, o Senhor, te fez santa e gloriosa, e nos convida a te louvar: | 
| Ave, 
          ó tenda do Verbo divino;  Ave, ó arca dourada do Espírito;  Ave, precioso diadema - dos reis piedosos;  Ave, tu és para a Igreja - qual torre possante;  Ave, por ti levantamos os troféus;  Ave, remédio eficaz para o meu corpo; Ave, Virgem e Esposa! | 
| 24 
 | Digna 
        de todo louvor, Santa Mãe do Verbo, Santíssimo entre todos os Santos, recebe, nesse canto, a nossa oferta. Salva o mundo de todo perigo; de todos os males e dos castigos futuros 1ivra nós que cantamos: | 
| Aleluia! | 
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